Os reinos burgúndios
O primeiro reino
Em 411, o rei burgúndio Gundahar instalou um imperador fantoche no Império Romano, Jovino, em cooperação com Goar, rei dos alanos. Com a autoridade do imperador gaulês que ele ontrolava, Gundahar se estabeleceu na margem (romana) esquerda do rio Reno, entre os rios Lauter e Nahe, apoderando-se de Worms, Speier e Estrasburgo. Aparentemente como parte de uma trégua, o imperador Flávio Augusto Honório, mais tarde concedeu a eles as terras.Apesar do seu novo status de foederati, as incursões burgúndias na Gallia Belgica se tornaram intoleráveis e foram brutalmente encerradas em 436, quando o general romano Flávio Aécio convocou mercenários hunos que subjugaram o reino do rio Reno (que tinha sua capital no antigo assentamento celta romano de Borbetomagus/Worms) em 437. Gundahar foi morto em combate, de acordo com o que foi relatado pela maioria das tribos burgúndias. A destruição de Worms e do reino burgúndio pelos hunos se tornou o assunto de lendas heróicas que foram mais tarde incorporadas no Nibelungenlied.
O segundo reino
Por razões não citadas nas fontes, aos burgúndios foi concedido o status de foederati uma segunda vez, e em 443 eles foram reassentados por Flávio Aécio na região de Sapaudia (Chronica Gaellica 452). Apesar de a Sapaudia não corresponder a qualquer região atual, os burgúndios provavelmente viveram próximos a Lugdenensis, a atual Lyon (Wood 1994, Gregory II, 9). Um novo rei, Gundioc ou Gunderico, presumivelmente um filho de Gundahar, parece ter reinado a partir da morte de seu pai (Drew, p. 1). Ao todo, oito reis burgúndios da casa de Gundahar governaram até o reino ser invadido pelos francos em 534.Como aliados de Roma nas suas últimas décadas, os burgúndios lutaram ao lado de Flávio Aécio e de uma confederação de visigodos e outras tribos na derrota final de Átila na Batalha dos Campos Cataláunicos em 451. A aliança entre os burgúndios e os visigodos parece ter sido forte, com Gundioc e seu irmão Chilperic I acompanhando Teodorico II à península Ibérica para atacar os suevos em 455. (Jordanes, Getica, 231)
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